Bom-i dia sinhô dôtor
Dei-me cá vossa lincença
Pru mode eu contar as quêxa
Qui me tira a paciença.
Sente-se senhor Joaquim
E fique bem a vontade
Conte-me tudo o que sente
Me fale toda a verdade.
Sô lá home de mintira
Pru sinhô falar assim
Tô é cum-a dor nos peito
No figo,istambu e rim.
Ainda doi a cabeça
Qui lateja e dá xunxada
Na ispin-a é cada furo
Cuma se fôsse facada.
Um diacho dum-a disinteria
Fai meus zói iscurecer
O suó lavano a cara
Parece qui vô morrer.
Calma,senhor Joaquim
Vou agora medicá-lo
E com a ajuda de Deus
Com certeza irei curá-lo.
Ispere ai seu dôtor
Veja o qui vai passar
Cachete eu num ingulu
cum medo de me gasgar.
Mim-as párte eu num amostru
Pra ninguém dá injeção
Se quiser furar meus braçus
Tem a mim-a premisão.
Precisamos conversar
O senhor tem que entender
Não aceitando a medicação
O pior pode ocorrer.
Estou aqui para ajudá-lo
Esta é a minha missão
Mas só poderei cumpri-la
Se houver compreensão.
Cum essas palavra bunita
O sinhô me cunvenceu
Discuipe a ingnorança
perdôi o coitado deu.
O sinhô home istudado
Sabe o qui tá fazeno
Parabém vossa incelença
Má jude queu Tô morreno!..
ANGELA MARIA DE MELO LUCENA.
OBS: PODERÁ SER TRABALHADO EM SALA DE AULA,
EM FORMA DE DRAMATIZAÇÃO.
Reciclando
segunda-feira, 20 de agosto de 2012
sexta-feira, 10 de agosto de 2012
quarta-feira, 8 de agosto de 2012
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